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Estudos demonstram que há muitos profissionais qualificados tecnicamente, com um currículo repleto de bons cursos e de boas atividades complementares, mas que não atendem às necessidades do mercado de trabalho.

“O profissional precisa ter uma forte inteligência emocional e buscar novas habilidades, como trabalhar em equipe, respeito ao próximo, inspirar e desenvolver pessoas. Muitos executivos acabam sendo atropelados pelo próprio ego e pagando um preço alto, muitas vezes acarretando em demissão”, explica Renato Trindade.

 

Contrata-se pelo currículo, demite-se pelo comportamento!

Sabe-se que o processo de seleção e de recrutamento de professores é uma das tarefas mais importantes dentro da escola. Na rotina escolar, porém, pouco tempo de dedica à especialização e ao aperfeiçoamento desses profissionais. Processos de gestão pedagógica destacam-se mais, deixando em segundo plano, muitas vezes, aquele que é contratado para ensinar.

Mazon e Trevizan (2000) afirmam que “quando um processo de recrutamento e seleção de professores é realizado de forma eficaz” e os profissionais são acompanhados, recebendo feedback, os resultados irão refletir no bom desempenho dos alunos, no fortalecimento da equipe e da proposta pedagógica da escola.


Recrutar é muito mais que um processo organizacional que convida candidatos interessados a ocuparem uma determinada vaga. É buscar a otimização do processo, objetivando a qualidade na avaliação. O recrutamento de professores, segundo Chiavenato, pode ser dividido em interno, externo ou misto. O recrutamento interno é feito na própria empresa. Quando surge uma vaga, seu preenchimento se dá por meio de remanejamento de empregados, seja por promoção, transferência, ou transferência com promoção. O recrutamento externo é aquele feito fora da organização, isto é, a empresa busca candidatos disponíveis no mercado ou atuantes em outras empresas. O recrutamento misto é a consequência de um recrutamento interno, que provavelmente irá gerar uma nova vaga, antes ocupada pela pessoa transferida, evoluindo, assim, para um recrutamento externo.

A seleção faz parte de um processo de escolha, de classificação, de opção e decisão, de filtragem na admissão do funcionário, sendo, portanto, restritiva. Quanto mais claro o perfil profissional do professor, mais assertiva será a contração. Por meio de um bom processo seletivo contratam-se as pessoas mais adequadas para as vagas divulgadas. A seleção é um processo de comparação, na qual são encontrados, de um lado, os requisitos necessários para o preenchimento do cargo, e, de outro lado, o perfil do candidato.

Selecionar bem um professor nem sempre significa escolher aquele que demonstra competências e habilidades em níveis mais elevados. Trata-se da escolha daquele que mais se adequa a um plano de ação e, muitas vezes, os escolhidos não são os de nível mais elevado e, sim, os mais adequados a uma situação predeterminada (Spina,1991).

 

Isabel Cristina Rodrigues de Castro
Janeiro/2021